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Mensagens

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula4

 Querido Diário, A Dança é uma Arte. Dançar é uma escolha dessa arte. Dançar, Dança Oriental, é optar por uma Arte ainda envolta em muito exotismo. É escolher um caminho, a meu ver, sem volta onde é a própria dança que te escolhe. É ultrapassar frustrações , é ganhar humildade, é superar. É perceber o quanto o nosso corpo é sábio. E o quanto ele esqueceu a sua essência. É um retorno. Uma busca. E um (re)encontrar. Nesse caminho, esteve a #aula4. E nela, quem escolheu: Valorizar-se, Autoconhecer-se, Priorizar-se; Amar-se.   Por uma hora por semana, estas mulheres escolheram, Dançar e, a Dança Oriental as escolheu.
Mensagens recentes

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula3

 Querido Diário, Bora lá Outono! Com ele, Outubro chega com tudo que se reflectiu na #aula 3. O trabalho técnico que - também - tem de ser desenvolvido, começou. Conhecer, trabalhar, desenvolver e praticar todo o vocabulário técnico da D.O. é fundamental para uma correcta e eficaz aprendizagem. Porque, se dançar é comunicar, há que ter a ferramenta para o fazer e a técnica é essa ferramenta essencial. Adquirir esta competência exige. Requer esforço mental e exercício físico. Durante este processo, o autoconhecimento é estimulado e desenvolvido. E o ultrapassar de desafios, acontece. Porque eles vão aparecer. O caminho na D.O. não é óbvio, mas é surpreendente. Querer fazer este caminho não é para todos. É para quem quer superar-se. É para quem quer aprender a Amar-se

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula2

 Querido Diário, #aula 2. Aos poucos, a alunas vão “chegando”... no OnLine, aparecem curiosas e prontas mais para escutar que para falar. Isso é bom. Permite acalmar da correria do dia e activa de forma consciente o saber Ouvir. Não há dança sem saber ouvir. E não há aprendizagem sem saber Estar. No presente. De corpo e, Alma. Começo sempre a aula lembrando-lhes que o aquecimento é mais do que preparar o corpo físico. Aquecer em Dança Oriental é conseguir descomprimir a mente do dia e concentrar no presente. Parece fácil mas não é. Há alunas que só o conseguem no final da aula. Mas conseguem. E aos poucos torna-se um ritual cada vez mais rápido e eficaz. Quando há este “reset” mental a escuta activa é acionada e assim, melhor compreendia é uma música e os movimentos associados.   Nada é ao acaso.Tudo em aula vai ao encontro do meu propósito maior: fazer com que saibas dançar.

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula1 - Época 25/26

 Querido Diário, #aula 1. Primeira desta época 25/26. Embora já tenha perdido a conta de quantas primeiras aulas já passaram por mim, sinto sempre um nervosismo miudinho que me lembra a primeira de todas que dei. Será que consigo? Será que vão gostar? Será que tenho o conhecimento suficiente? Será?... Há sempre dúvidas. Bate sempre uma insegurança por mais anos que passem. Eu sinto sempre o peso da responsabilidade que tenho em dar aulas. E levo isso muito a sério. Afinal, ensinar DO é muito mais que “passar” uma série de movimentos e coreografias. É, sobretudo, passar VIDA, ARTE em MOVIMENTO, CONHECIMENTO ANCESTRAL. Começo sempre com calma mas com rigor. Com consciência apelando à consistência . E com verdade. Sempre.

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula38

 Querido Diário, #aula38. Última desta época 24/25. Às minhas lindas alunas devo o sucesso deste ano. A elas eu agradeço profundamente a confiança, compromisso e a dedicação que demostraram ao longo dos meses. O companheirismo que se gerou e a companhia que me fizeram. Aprendo mais que ensino... sempre foi assim. São as alunas que constroem as aulas e as impulsionam. São elas que dão continuidade e as divulgam com orgulho. São o testemunho real da Dança Oriental. Para mim, foi um privilégio . Como sempre é. Esta última aula foi de partilha, riso, descompressão, brincadeira e, despedida. Saber parar é um dos movimentos mais difíceis de executar. Talvez o mais desafiante. Não dá para coreografar. Só sentir. Reagir e deixar impactar.   É tempo de pausar. Descansar. Reflectir. Sem promessas. Finalizar este ciclo. Até Já!

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula37

 Querido Diário, Penúltima aula. Com muito, muito, muito calor. Confesso que gosto de calor mas, não este calor que se fez sentir. Dançar nestas temperaturas é, para mim... doloroso. Mas, não é a primeira vez e, não será a última. Já passei por ensaios e espectáculos em condições de temperatura semelhantes e, aqui estou. Porque na verdade, nunca temos as condições ideais. Há sempre algo que nos faz apetecer recuar ou ter a desculpa perfeita para desistir. Como sempre digo, há que contrariar e, pela minha experiência, criar - grande parte das vezes - as condições. E assim, a #aula37 acontece. E, como todas as outras desta época lectiva, foram criadas as condições.   Não as ideais, mas as possíveis para que a minha visão e método de Dança Oriental fosse continuado.   E continuou. Que se refletiu nesta aula. E, mais do que tudo, refletiu-se vontade e dedicação. Também, grande parte das vezes, são só estas as condições que bastam.

Diário de Uma Professora de Dança Oriental - #aula36

 Querido Diário, E “just like that” entrei em contagem decrescente para o final desta época lectiva. Aconteceu a antepenúltima aula e senti nela um acumular de todos estes meses. Acusei já algum cansaço e nas alunas também. Completamente normal para esta altura do ano. Confesso que, mais do que descansar, preciso de sair da minha rotina. Não ter horários nem compromissos. Preciso de me afastar. De acalmar. Acho que a sensação é geral. Já temos os meses de Verão programados e só já pensamos em praia, mar e boa comida. Pelo menos, é o que eu penso. Mas, há que finalizar. Há que terminar com o mesmo cuidado com que se começou e assim, estas últimas aulas são descontraídas, mas autenticas. Leves, mas com rigor. Vai-se com preguiça, mas sai-se com o sentido de “dever cumprido”. Porque, acredito no que sempre ouvi: o mais importante não é como se começa, mas  como acaba. No Palco e na Vida.